O sertão é a casa do sol
Lá, ele faz o que quer.
O verde, ele apaga do cenário,
e como todo poderoso,
ele faz do sertanejo,
um sofredor qualquer.
Dos reservatórios naturais e artificiais,
não tem o menor pudor em fazer a água sumir.
Nenhuma semente exposta ao solo ou cultivada
consegue nascer.
É ser muito abusado, e isso ele faz questão de ser.
Os animais, aos poucos, vão morrendo de sede.
E, só folha seca acham pra comer.
Não se ouve o canto de um pássaro,
todos buscam alimentação saudável e água para
conseguir sobreviverem.
O que sobra é um mundo sem cor
e um povo valente, cheio de fé, que já se acostumou
com esse inimigo conviver.
Mas, DEUS não dá asas aos vaidosos e nem àqueles
que esquecem que, no mundo, Ele é quem manda.
Ai, um basta na situação, ele dá,
fazendo o sol se esconder
e, com abundância no sertão , ele faz chover.
A chuva chega pra mostrar ao sol
que o solo do sertão regado faz transformar
uma imagem de tristeza num cartão-postal a se guardar.
É tudo diferente, o verde atrai as atenções
para mostrar o vigor da vegetação,
por todos os lados, o ser vivo acha o que beber
e o que comer,
adquire recuperação física que lhe dá condição
de sorrir.
O sertanejo é só esperança , cuida do solo, planta o milho e o feijão
na certeza que o sucesso ele vai conseguir.
É uma mudança radical, onde a chuva cai .
Tudo é motivo de prazer,
as fêmeas encomendam suas crias,
conscientes que novos guerreiros vão ser,
assim, nasceu minha neta, pedaço do meu coração, que
trouxe alegria e me fez descobrir um mundo que
jamais eu pensei que existia.
Hoje, vibramos muito pelo presente que vamos receber,
é o irmãozinho ou irmãzinha de Clarinha,
que está sendo gerado num ventre sagrado
e que já, já ,sob a benção de DEUS, vai nascer.