Me jogaram pra bem longe
daqui.
Nem eu mesmo sei onde estou,
não faço idéia de como sair.
Mas este lugar vou deixar
seja lá como for.
Viver onde me confinaram
é tarefa que não nasci pra cumprir.
Me acostumei com o pesado,
jamais recusei trabalho,
mas na minha limitação, abusaram
com o direito de me oprimir.
Só com um dos olhos, pouquíssimo
eu posso ver.
Não me considero um pobre coitado,
pois no confinamento
e com a consciência que DEUS me ajuda
a cada dia a desenvolver,
percebo que muitos que se julgam importantes,
mesmo com as duas pernas, não conseguem
correr.
Facilidade nunca encontrei,
quando era possível o difícil eu
transformava em ferramenta.
Muito solo com meu suor eu reguei
e hoje eu percebo, ao rodar o filme,
por onde eu passei, só meu ego ele alimenta.
Derramei lágrimas de sangue
para minha família o melhor poder dar.
Sempre fui fiel e em todas as horas presente.
Sempre me preocupei com os bons exemplos.
Nunca e até hoje não sou de criar caso,
o porque disto tudo só DEUS pra explicar.
Como não sou um profundo conhecedor
da vida,
muitos dissabores eu já passei.
Pelo menosprezo de quem poderia se lembrar
das vezes que meu bolso furava, pra deixar
o dele cheio, outro tratamento eu merecia ter.
Dizem que esta vida dá muitas voltas,
Disso, eu quero acreditar.
Jamais quero um deles infeliz em minha porta.
Mas, onde eu andava,
mesmo com as minhas limitações
sem ser um menosprezado,
quero voltar.
E quero voltar sem ser problema,
pois, o que fazer, ninguém me precisa ensinar.
Eu quero é o mundo que lutei pra construir
e não o que eu nunca pensei,
que depois que o destino, comigo aprontou,
me colocaram sem o meu consentimento,
para morar.
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