No dia dois de fevereiro,
vou para o Rio Vermelho
colocar meu saveiro n’água.
Hoje é dia de festa, vou comemorar,
vou levar minhas oferendas,
meu abraço e minhas crenças,
e dar de presente à rainha do mar.
No seu aniversário,
não falo em trabalho.
Só quero me divertir,
não saio do seu lado,
tomo um bom rabo de galo.
Se eu pudesse, ficava aqui!
Quando chego em alto mar,
é aonde vou encontrar
toda confraternização.
Nada é mais belo, o azul do mar,
com os raios de sol amarelos,
onde chamo por seu nome,
numa forte emoção.
Devagar, você aparece,
com seu lindo vestido azul,
que no seu aniversário, nunca deixa de usar.
Nesse momento, o mar estremece
e a todos agradece, com uma rosa vermelha,
que tirou do cabelo
e estende um tapete
pra, do seu banquete, todo mundo fartar.
Essa é minha rainha!
Minha doce e linda Iemanjá!
A ela eu peço saúde, muitos anos de vida
e coragem pra pescar.
Enquanto, dela, eu tiver licença,
estarei sempre em alto mar,
manterei a minha crença,
não há tempestade que me vença,
porque sou filho e abençoado por Iemanjá.
Para o ano, eu venho de novo.
Estarei no meio do povo,
cantando sua oração.
Espero sempre agüentar
e com sua ajuda atravessar
as ciumentas ondas do mar.
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