Quando a boiada passou,
na minha garganta deu um nó,
chocado ainda estou,
com a ausência do vaqueiro Jacó.
Sentado na minha varanda,
do lado , o seu café da manhã,
era minha ajuda na sua demanda,
além de amigo , eu era seu fã.
Era um homem experiente
com boi, sabia trabalhar.
Sempre foi atencioso com a gente,
era um prazer lhe ver, por aqui, passar.
Foi um vaqueiro guerreiro
e sempre cumpriu com a sua obrigação
pra ajudar, sempre chegava primeiro,
era o braço direito do seu patrão.
Quando a boiada se aproximava,
seu grito, era o que primeiro se ouvia,
parecia que ele cantava
e o gado , no coice do seu cavalo, seguia.
Sempre foi maravilhoso de ver
uma boiada, por você, passar.
Harmonia, pra quem não conhece, é difícil de crer,
e o vaqueiro consegue, quando sabe trabalhar
Nisso, Jacó era mestre
e a qualquer um , dava lição.
Jamais , deixou boi de arribada no agreste,
e quando, necessário, sabia usar o cambão.
Quantas vezes eu parei
quando ele arranchava, pra pegar o seu pirão.
Era o momento de descanso, eu sei.
Feliz, também comia o seu feijão.
Foi duro acreditar,
quando um vaqueiro, de mim, se aproximou,
dizendo que queria me falar
que o meu amigo Jacó, para o céu , DEUS levou.
DEUS o tenha num bom lugar.
Ele sempre fez por merecer.
De onde ele estiver, para os animais, vai sempre olhar.
Do cheiro de boi, jamais vai esquecer.
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